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A tabela de guerra tarifária do governo dos EUA inclui outros países como a União Europeia (20%), o Japão (24%) e a Índia (26%)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (2) que o país passará a cobrar uma tarifa de 10% sobre todas as importações provenientes do Brasil. A medida faz parte de um pacote de guerra tarifária aplicado a diversas nações que cobram taxas sobre produtos norte-americanos. Entenda na TVT News.
Durante coletiva de imprensa, Trump explicou que as novas tarifas serão calculadas com base na alíquota imposta por cada país sobre produtos dos EUA. Segundo contas apresentadas por ele, os Estados Unidos aplicarão aproximadamente metade das tarifas que esses países cobram.
“A partir de amanhã, os Estados Unidos implementarão tarifas recíprocas em outras nações. Vamos calcular a taxa combinada de todas as suas tarifas, barreiras não monetárias e outras formas de trapaça, e vamos cobrar deles aproximadamente metade do que eles têm nos cobrado”, afirmou o presidente Trump.
A tabela de guerra tarifária divulgada pelo governo dos EUA inclui outros países como China, que terá uma tarifa de 34%, a União Europeia (20%), o Japão (24%) e a Índia (26%). Alguns países, como Chile, Austrália, Singapura e Reino Unido, também serão taxados em 10%, assim como o Brasil. Trump afirmou que, embora pudesse aplicar tarifas totalmente equivalentes às cobradas pelos outros países, optou por uma abordagem mais moderada. “Eu poderia ter feito isso, sim, mas seria difícil para muitos países. E não queríamos fazer isso”, disse.
Reação à guerra tarifária
O republicano chamou a data de “Dia da Libertação” e declarou que as novas tarifas representam uma “Declaração de independência econômica” dos Estados Unidos. “Nossos pagadores de impostos foram enganados por anos. Mas isso vai acabar. Em alguns momentos, assinarei uma ordem executiva histórica, instituindo tarifas recíprocas em países ao redor do mundo. Isso significa que eles fazem isso conosco, e nós fazemos isso com eles”, completou Trump.
A medida gerou preocupação no mercado financeiro, aumentando as incertezas sobre os impactos econômicos globais. Analistas apontam que a decisão pode desencadear retaliações por parte dos países afetados, ampliando ainda mais as tensões comerciais. A União Europeia, por exemplo, disse que deve revidar.
No Brasil
No Brasil, a reação foi rápida. O Senado Federal aprovou, na véspera do anúncio, um projeto de lei em regime de urgência que cria mecanismos para o governo brasileiro retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais aos produtos do Brasil. O projeto recebeu amplo apoio do Congresso e do governo federal e foi impulsionado pelas declarações recentes de Trump sobre a necessidade de taxar o Brasil.
Além das tarifas recíprocas, outras taxas já anunciadas pelo governo norte-americano também entraram em vigor nesta quarta-feira, como a cobrança de 25% sobre carros importados pelos EUA e tarifas de 25% sobre exportações que não se enquadrem no USMCA (acordo comercial entre EUA, México e Canadá).
