segunda-feira , 14 de abril 2025

Sindicato e Fenaban assinam compromisso pela igualdade de gênero

Em um marco para as relações trabalhistas e a promoção da equidade de gênero no Brasil, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) assinaram nesta segunda-feira (7) uma carta-compromisso pela igualdade no trabalho. A solenidade aconteceu no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, e reuniu lideranças sindicais, representantes do governo, organismos internacionais e do setor empresarial. Entenda na TVT News.

A assinatura do documento ocorreu durante a apresentação do 3º Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, elaborado com base nas informações prestadas por empresas ao MTE, conforme determina a Lei nº 14.611/2023, que trata da igualdade salarial entre homens e mulheres em funções equivalentes.

Fala da presidenta do Sindicato

Representando 440 mil trabalhadores, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, destacou a urgência de ações concretas para romper com a desigualdade de gênero no mundo do trabalho. “Estamos há 23 anos discutindo equidade na Mesa de Igualdade, mas não dá mais para continuar apenas discutindo. Não temos mais 100 anos para esperar”, afirmou.

Ela reforçou que, mesmo com maior escolaridade e jornadas triplas, as mulheres ainda enfrentam barreiras salariais e falta de reconhecimento. “Essa é uma luta coletiva. Da mesa de negociação, dos sindicatos, da Central Única dos Trabalhadores. Vamos levá-la adiante com a força de uma carta que carrega um compromisso: o compromisso com a igualdade e com a democracia”, declarou, ao lado de representantes da Contraf-CUT, como Elaine Cutis e Rosane da Silva.

Durante a cerimônia, também foi lançado o Guia de Negociação Coletiva para a implementação da Lei de Igualdade Salarial e instalado o Comitê Gestor do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral. A iniciativa visa apoiar sindicatos e empregadores nas tratativas por maior equidade no ambiente de trabalho.

Políticas essenciais

Para o secretário executivo do MTE, Chico Macena, a construção coletiva de políticas públicas é essencial. “É preciso sentar à mesa trabalhadores, empresários e a sociedade para discutir o desenvolvimento com justiça social e superar preconceitos que ainda se escondem nas relações laborais.”

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçou a gravidade da desigualdade de gênero e racial. “É uma emergência. A desigualdade mata: mata de fome, de suicídio, de feminicídio. É uma realidade que precisa ser enfrentada com seriedade. E os acordos coletivos são fundamentais nessa luta.”

O evento reuniu também autoridades como a secretária executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes; a representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Perino; o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Alberto Bastos; o diretor da Organização Internacional do Trabalho no Brasil, Vinicius Pinheiro; e o representante da Fenaban, José Adauto Duarte.

O encontro reforçou a importância da negociação coletiva como ferramenta para garantir direitos e ampliar a justiça no ambiente de trabalho. A carta assinada entre bancários e Fenaban é um símbolo dessa construção — e um passo decisivo para um mundo do trabalho mais justo, inclusivo e igualitário.

Leia a carta na íntegra

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